Mulheres e Rimas do Grande Recife
O hip-hop nasceu nos anos 1970, inspirado pelos protestos durante o movimento pelos direitos civis dos negros nos Estados Unidos. O intuito da mistura de elementos era criar uma alternativa para a violência nas periferias; nesses bairros, aconteciam as chamadas block parties, reunindo a música, a dança e o grafite, que viriam a fazer parte da cultura hip-hop.
No Bronx, Clive Campbell usava sons de
carros quando organizava essas festas. Campbell é um DJ jamaicano que
adotou o nome de Kool Herc e é considerado o pai do hip-hop por muitos.
Responsável por unir o rap, o DJing, a breakdance, o grafite e a
moda, e por inserir o estilo toast à música (maneira de cantar uma
sequência elétrica de rimas em cima de uma batida tirada dos discos),
ele traçou a estrutura do hip-hop.
Ao unir elementos artísticos com
elementos políticos, o hip-hop se tornou a voz de jovens em situações
periféricas não só no contexto americano, mas em áreas urbanas do mundo
todo. Aqui em Recife isso não é diferente, e no final do ano passado
Ingrid Cavalcante e Nathália Pereira, estudantes da Unicap, fizeram um
projeto de webjonalismo (também publicado pelo Jornal do Commercio)
que tratava de um aspecto bem específico dessa realidade: contar
histórias sobre hip-hop a partir da ótica de artistas mulheres.
O trabalho pode ser visto aqui.
Os outros vídeos aqui.
Thiago, por que esse tema se relaciona com Geografia?
ResponderExcluirEsse é um tema geográfico na medida em que o hip-hop é uma forma de música típica das periferias urbanas globalizadas. Por "periferia" aqui eu não me refiro a nada metafórico, como se usasse a palavra para denominar situações sociais marginais, mas indico uma situação espacial real (obviamente, não nego a possibilidade de apropriação cultural por quem está fora desse contexto espacial, mas isso se dá num segundo momento).
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