Como o Nordeste gera renda

Análise colhida hoje da coluna de Fernando Castilho (Jornal do Commercio, Recife):

Um olhar mais atento aos dados da PNAD Contínua, compilando o rendimento de todas as fontes de renda de 2017 relativas ao Nordeste, permite identificar que aqui temos os menores rendimentos médios mensais, o que aumenta a distância dos 10% da população que detinham 43,3% da massa de rendimentos do país em 2017. Constatações preocupantes.

O Nordeste tem situação mais grave porque é mais sustentado pelos programas sociais. Na região, o governo banca uma espécie de pacote de rendas sociais, que em milhões de lares combina o rendimento do Benefício de Prestação Continuada, o Bolsa Família e a aposentadoria do INSS.

A renda da aposentadoria no Nordeste atinge 23,8% do total da região; o Benefício de Prestação Continuada chega na casa de 5,2% e o Bolsa Família é parte da renda de 28,4% das famílias. Para uma grande parte da população, especialmente no meio rural, é a combinação desses três benefícios que vem assegurando uma renda mínima e deixando a região fortemente dependente do apoio governamental de forma permanente. E este é um quadro que não tende a melhorar nos próximos anos.

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